quarta-feira, 26 de março de 2014

Projeto Amigos do Peito



AMIGOS DO PEITO: RELATO DE UMA PRÁTICA CRIATIVA

Profa. Me. Maria Angélica Cezário


Tendo como referência basilar a perspectiva de projetos pedagógicos para a formação humana no Ensino Fundamental, buscaremos apresentar aqui o processo de aprendizagem realizado com os alunos a partir de situações que traziam no cotidiano na escola.
No início do segundo trimestre, identificamos que as crianças do agrupamento C do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Goiânia apresentavam muitas questões a respeito da amizade, conflitos e críticas a respeito dos grupos de amizade na sala. As crianças durante a aula se queixavam bastante a respeito umas das outras, ora por serem excluídas do grupo e ora por serem solicitadas em excesso para as brincadeiras. Mobilizando-se por essas indagações, optamos por realizar um projeto com as crianças sobre amizade para elas refletissem sobre como acontecem às relações de amizade nessa faixa etária.
Tendo como referência que o professor não é aquele que só ensina, em uma perspectiva acadêmica, mas também aquele que educa, procuramos oportunizar situações didáticas para a formação pessoal dos alunos fazendo, também, uma conexão com os as disciplinas de História e Língua Portuguesa. Procuramos livros literários, poemas, músicas, brincadeiras e atividades como recurso para a realização desse projeto, como relataremos a seguir.
A partir dessa perspectiva, escolhemos o livro Amigos do peito, escrito por Cláudio Tebas. Fizemos uma análise da capa do livro literário para extrairmos as características desse gênero, como: nome do autor, nome da ilustradora, editora, imagem da capa e título etc. Com essas observações, as crianças realizavam hipóteses a respeito daquilo que iria ser lido movimentando seus conhecimentos inferenciais.


Essa obra foi escrita em forma de poesia, na qual o personagem e narrador Marcelo possui três amigos do peito: Catapimba, Caloca e Terezinha. Esses amigos foram selecionados por Marcelo dentre as crianças de seu bairro por emprestarem objetos a ele e se divertirem juntos. Percebemos que a história suscitou interesse e movimentou a aula.
Do compartilhamento dessa leitura, as crianças foram trazendo conhecimentos prévios a respeito da amizade e do perfil de um verdadeiro amigo que elas selecionam para si. Aos poucos, foram realizando inferências a respeito da leitura dizendo: “Mas no bairro do Marcelo nem todos são amigos”. “O Carlos Alberto na história não compartilha sua bicicleta com ninguém”. À medida os alunos realizavam esses apontamentos, as professoras faziam a mediação a respeito de como deve agir uma pessoa que cultiva amigos: “Será que o Carlos Alberto tem muitos amigos? Se ele não emprestar a bicicleta para as crianças do bairro como vai adquirir novas amizades? Por meio dessas questões, as crianças foram narrando suas vivências do cotidiano compartilhando seus saberes individuais.


Assim, por esse caminho, os alunos foram sugerindo pistas a respeito daquilo que elas gostariam de fazer durante o projeto. Um aluno da sala sugeriu que a professora trouxesse a música Amigos do peito, do grupo Balão Mágico, cujo nome é igual ao título do livro trabalhado. Nesse momento, escutar o que as crianças queriam saber e o sobre suas dificuldades e angústias a respeito da amizade, foi de fundamental importância para que aprendessem não só os conteúdos escolares, mas também adquirissem formação pessoal ampliando suas experiências.


Desse modo, as crianças ouviram a música solicitada pelo aluno, cantaram e dançaram com seus amigos do peito. Ao final, a professora problematizou algumas questões a respeito do tema: “Como se divertem os amigos? Somos amigos de todos? Quem são nossos verdadeiros amigos? O que devemos fazer para cultivar nossas amizades?”. Aos poucos, faziam seus relatos orais de situações que havia experienciado para responder as perguntas das professoras e revelavam seus conceitos sobre amizade em uma situação interlocutiva. Por um lado, as docentes proporcionaram situações didáticas voltadas para a aprendizagem em relatos e histórias, e por outro a experiência da leitura não pode ser planejada, mensurada, pois também pertence ao campo da singularidade, da elaboração que cada um faz de suas indagações e experiências.
Do movimento da leitura, do relato oral, da análise da literatura, foram feitas interpretações de texto, análise e uso de expressões, tais como “Amigos do peito”, identificação e descrição de personagens, localização de informações explícitas e implícitas em um texto, escrita de carta ao amigo do peito dentre outras situações na sala de aula. Por fim, acabamos nos apropriando da leitura, da escrita e da como fonte de narração de experiências, de troca de saberes e, acima de tudo, de ressignificação de vivências próximas da realidade das crianças configurando um ensino que vai ao encontro de suas indagações, conflitos e necessidades.

Nesse projeto, muitas crianças que outrora não tinham espaço entre os colegas para falar e serem ouvidas puderam narrar àquilo que sentiam frente a uma dificuldade. Outras, ao ouvirem e sentirem o relato de uma criança que antes era excluída e ninguém queria ser seu amigo, refletiram sobre si e sobre o outro. Ao final, percebemos que muitas se recolocaram frente a situações simples do cotidiano, como por exemplo, atender o pedido de um colega, a emprestar seus objetos, a não excluir os colegas para cultivas mas amizades evitando, assim, um ambiente segregador que acontecia no início do ano.



É nas situações do cotidiano, por mais simples que se revelam, habita as riquezas que fazem a diferença na formação de um sujeito portador do conhecimento e também mais humanizado. Assim, aprendemos, ao observar e ouvir as crianças, como propiciar um ensino e aprendizagem que afeta os sujeitos. 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Educação e Novas Tecnologias: Livros Pierre Lévy

Endereço para baixar livros de Pierre Lévy:



https://drive.google.com/folderview?id=0B-YLV8egGwSuUm9yRldCbWgzbVU#

Novas Tecnologias e Educação: O que é um currículo multirreferencial?

O currículo multirreferencial é aquele que está em conexão com as disciplinas curriculares e utiliza as novas tecnologias para desenvolver determinadas habilidades nos alunos.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Atividades que incluem

      Quantas possibilidades temos para incluir as crianças autistas, downs, transtornos globais etc. nas aulas, não é mesmo? Segue abaixo sugestões simples e que nos auxiliam a apenar adaptações e ambientes favoráveis ao desenvolvimentos delas.

Para acalmar:




Estímulo sensorial:




Jogos em grupo:

Dá pra fazer em TNT






Inclusão Tuma da Mônica

          Quem nunca ficou com dúvida na hora de incluir uma criança na sala de aula? Os alunos possuem diversos estilos cognitivos aprendendo de formas e tempos diferenciados. Como o professor pode viabilizar, da melhor maneira possível, essa aprendizagem? A Turma da Mônica nos dá quatro sugestões:


Dorinha, é a primeira personagem deficiente visual (cega)


Luca, um garoto cadeirante, amante dos esportes, principalmente de basquete

André é o mais novo personagem com deficiência da Turma da Mônica. Ele é autista


Tati, personagem da Turma da Mônica, inspirada em Tathiana Piancastelli. Ela é tem Síndrome de Down